Identificação de Valores Essenciais
Você tem dado a si mesmo o que realmente precisa?
A complexidade do ser humano sinaliza que a desorganização íntima atrapalha o foco no desenvolvimento de projetos pessoais e profissionais.
O bem-estar e a harmonia seria um contraponto importante para alavancar e continuar projetos de vida.
Os fenômenos psicológicos como felicidade, otimismo, esperança, satisfação e positividade fazem parte do constructo mais saudável do sujeito e devem ser explorados com a finalidade de fomentar o bem-estar.
Projetos não se realizam sozinhos, dependem de um desejo íntimo e maior, orquestrados com recursos externos para que se concretizem. Também devem se vincular ao bem-estar e harmonia consigo para que fluam.
Esperar a felicidade como um lugar a ser alcançado, que lá permanecerá de forma ininterrupta, estático, sem incômodos, como um filme feliz é autoengano.
A felicidade pode chegar na 2ª-feira, porque não?! No trabalho, em algo que adia há tempos, no abraço apertado em quem ama, em uma conquista cotidiana, uma meta alcançada que esperou anos para conseguir.
A felicidade é uma construção subjetiva, são os momentos de contentamento, aqueles que fazem o coração bater forte, o sorriso estampar o rosto, os olhos brilharem, um estado psicológico de satisfação.
Aqueles que possuem dificuldade de encontrar a felicidade, podem estar nostálgicos em momentos do passado ou projetando a felicidade no futuro. Além de necessitar desenvolver o autoconhecimento.
Algumas possíveis psicopatologias podem distorcer a percepção do estado de felicidade, fazendo enxergá-la como algo distante e inacessível. Exemplo: o transtorno depressivo, classificado no Manual Diagnósticos e Estatísticos de Transtornos Mentais – DSM -V, cujo o indivíduo literalmente vê a vida em “preto e branco” com profunda tristeza, sem ânimo para tocar a vida para frente, alguns apresentam dores no corpo, sentimento de inutilidade, perda de interesse por atividades que antes apreciava, excesso ou falta de sono, perda de energia ou fadiga etc. Essa pessoa não consegue ver felicidade na vida. Deve buscar ajuda do profissional Psicólogo e Médico Psiquiatra. Profissionais capacitados para tratar a doença.
Aquilo que faz o outro feliz, não necessariamente fará você. A felicidade é subjetiva e os motivos que levam a felicidade podem ser infinitamente diferentes. Entretanto, indivíduos mais propensos a gerar emoções positivas estão mais inclinados a enxergar felicidade em coisas simples, corriqueiras, que para outros, sem uma visão mais positiva da vida e dos acontecimentos que o cercam não terá muito valor.
Estudos que buscam identificar a causa de felicidade têm sido feito a anos por autores no mundo inteiro. Uma dessas correntes de grande impacto mundial surge como mais uma vertente da Psicologia é a Psicologia Positiva. A teoria que visa as condições, capacidades e virtudes humanas que podem levar a altos níveis de bem-estar. Cito abaixo algumas características amplamente estudadas que fundamentam essa teoria:
1-Emoção Positiva – Somos uma caixa de emoções, cheia de surpresas a cada acontecimento cotidiano. Hora experimentamos alegria, hora tristeza, raiva etc. Fato científico comprovado que somos facilmente ludibriados pelas nossas emoções negativas, sobrecarregando rapidamente a caixa com lamentações infindáveis. Entretanto, podemos ajudar no processo para gerar emoções positivas. Uma das formas é praticar o exercício dos três acontecimentos do seu dia que você seja mais grato e porque. Faça isso durante um mês seguido para experimentar os resultados. Provavelmente vai perceber que há mais a agradecer do que a reclamar.
2-Engajamento – O engajamento vem de um profundo desejo que dê certo, de um constructo mental positivo, uma combinação de pensamentos e impressões passadas e presentes sobre algo que esteja empenhado à realizar. Há um envolvimento e compromisso fluido, de forma comprometida para ter êxito e resultado. Pessoas engajadas estão tendentes a experimentar a felicidade.
3- Sentido- Que sentido você emprega aos fatos? Que sentido emprega à sua vida? Complexo e importante pensar sobre essa variável. Uma vida com sentido amplo é quando realiza algo com grande significado e sentido. Que o faça saltar da cama todos os dias com o coração cheio de alegria e desejo de realizar. Dar um sentido é tão importante quanto ter um sentido.
4- Relacionamentos positivos – Se existe uma variável importante na vida do ser humano é a qualidade dos relacionamentos. Relacionamentos de troca, de apoio, escuta, entendimento, elogios e por que não, abraços sinceros. Uma relação positiva é aquela que você sente-se inteiro, você mesmo, com abertura para pedir conselhos, dizer o que pensa, ser verdadeiro e acolhido. Seja o tipo de relação que for.
5- Realização positiva – Você se sente realizado em sua vida? Apenas pense não precisa responder agora. O estado de realização está atrelado a fazer o que gosta e/ou extrair o melhor que possa de uma experiência. É ter satisfação na realização de um ofício, uma tarefa, uma atividade, é sentir-se realizado na trajetória de vida. A realização positiva exige um olhar cuidadoso para o lado positivo das experiências. Um pilar importante na construção da felicidade.
6- Resiliência e Otimismo – Quando somos colocados à prova em uma situação de alongamento máximo, como um elástico, ao esticarmos, podemos voltar com força total para continuar a jornada ou podemos sucumbir e arrebentar como um elástico. Para isso, é necessário humildade para recomeçar e otimismo para lidar com os novos desafios. Não retornamos ao mesmo estado de antes, quando somos alongados ao máximo pelos reveses e/ou obstáculos. A nossa capacidade de resiliência testa a nossa força, determinação, persistência, diretrizes e o olhar atento para o aprendizado com a situação. Uma visão otimista pode ampliar ainda mais a força em seu retorno ou recomeço.
Para viver melhor, levar uma vida de contentamento, feliz, deve-se levar em consideração maximizar esses 6 elementos. Não como uma forma ordenada, algo pronto, acabado, estático e sim, como algo a ser feito todos os dias por si mesmo. Felicidade é construção diária. Deixe o seu comentário e compartilhe.
Psicóloga Priscila Valério
CRP:5/44811
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Joana adora acompanhar a vida das pessoas. Ela torce, chora, ri, fica triste, com raiva etc. Vive de forma intensa todas as emoções da vida do outro.
Todavia, ultimamente, Joana que assistia à todas as novelas trocou a tela da TV pela tela do celular. Joana passa horas do dia em seu quarto, passando a tela em velocidade rápida, variando entre as redes sociais.
O tempo foi passando. Os poucos amigos de Joana se distanciaram, os pais começaram a se preocupar.
Joana não queria mais sair do quarto, dormia tarde, acordava tarde, suas notas declinaram na escola.
Quando questionada pelos pais sobre o que estava acontecendo a jovem ficava irritada, alterava o tom de voz e dizia que estava tudo bem.
Um dia os pais de Joana esperaram ela dormir e foram ao quarto e lá encontraram calmantes na cômoda.
Pobre Joana, estaria infeliz? Solitária? Cercada de tantos personagens, teria Joana perdido o senso de realidade? Estaria confusa? E os pais de Joana?
O mundo de relações virtuais com foco central na aparência e no anseio pelo desejo de ser notado, de corações vazios, solitários, gente entorpecida pela liquidez passageira das telas rápidas.
A companhia é ilusória, sem presença física ou aquecimento do coração. Os laços são frouxos e frágeis. Conversas diluídas em mensagens instantâneas.
O senso de realidade pode se perder facilmente para aquele que mira apenas na tela e não vive o calor dos vínculos afetivos, a troca e o sorriso espontâneo de uma vida vivida.
A solidão é em companhia de vozes, gente, multidão do outro lado da tela. Onde vidas são perfeitas, paisagens paradisíacas, onde tudo dá certo, onde há gente que deseja ter a vida de outra pessoa , sem se dar ao trabalho de despir sua alma e jeito próprio de se entregar ao mundo real. Onde há momentos entristecedores, mas há momentos que aquecem o coração.
Mas, como estaria a Joana? Joana foi diagnosticada com Transtorno de ansiedade, dependência tecnológica e depressão. Está sob cuidados do Psicólogo e Psiquiatra reencontrando o seu eu que foi perdido na companhia de 10.000 amigos virtuais.
Aos pais, orientadores, com uma vida agitada, preocupados com a educação e futuro dos filhos, foram convidados a viver o presente e reconstruir a relação.
Dra. Priscila Valério
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